Ava Inferi - Portugal

Esta é uma banda portuguesa de Doom Metal, mas com um ilustre integrante estrangeiro, o guitarrista da banda Mayhem - Rune Eriksen, o Blasphemer, que atualmente vive em Portugal. Na formação também temos Carmen Susana Simões (ex-Aenima e contribuições para o Moonspell) no vocal, o baterista João Samora e Jaime S. Ferreira no Baixo. Iniciaram atividades em 2005, lançando o primeiro álbum em 2006 - "Burdens".

Em Burdens, a faixa inicial intitulada com o nome da banda apresenta de fato a melodia e a beleza que o Ava Inferi consegue expressar em suas canções - encontrada nos outros trabalhos: The Silhouette de 2007, Blood of Bacchus de 2009 e Onyx, mais recente album lançado, datando fevereiro de 2010. 

Falo de uma beleza melancólica que consigo comparar com os trabalhos iniciais do Lacrimas Profundere - mas aqui temos o vocal puro, lírico e amargurado de Carmen, que eleva a um plano de qualidade sonora estupendo.

Destaco aqui as minhas favoritas "Dança das Ondas", "Sinisters", "Vultos" e "A Portal"

http://www.last.fm/music/Ava+Inferi

http://www.myspace.com/avainferi

Apenas para conhecimento: 1, 2, 3 e 4.

Diary of Dreams - Alemanha

Uma das minhas bandas Darkwave favoritas. O Diary of Dreams é a expressão artista e emocional de Adrian Hates - ex Garden of Delight - ele mesmo produziu e compôs as canções de todos os álbuns até hoje lançados. Fundada em 1994, é com certeza uma das bandas mais expressivas e influentes do cenário electrogoth europeu. O último álbum foi lançado recentemente, dia 26 de agosto - Ego X.

A sonoridade deste álbum está mais marcada por acordes de guitarra - diferenciada se em comparação com álbuns anteriores. Cito também que neste álbum temos a maioria das canções em alemão.

Neste álbum de 21 canções, contém uma obra-prima que realmente apenas uma mente como a de Hates seria capaz de compor - os cinco elementos:

Element 1: Zeitgeist

Element 2: Illusion
Element 3: Stagnation
Element 4: Angst
Element 5: Resignation

Em Ego: X, estas não estão em sequencia, mas, ouvindo apenas elas assim, temos uma sombria e melancólica sinfonia.

http://www.diaryofdreams.de
http://www.last.fm/music/Diary+of+Dreams
http://www.myspace.com/diaryofdreams

Sonic Youth - EUA

Eu não poderia deixar de mencionar (mesmo com certo atraso) o fim do casamento de Kim Gordon e Thurston Moore. Não, a idéia não é publicar razões disto ou especular coisas, como o fim do Sonic Youth - não é nota de fofoca. Apenas é um comentário sobre como tudo é transitório e finito. O amor não poderia fugir disto. Acredito que apenas as memórias tendem a ser eternas. Por isto, não consigo deixar de associar o cover do Sonic Youth de uma canção do Carpenters - Superstar. De forma um tanto amarga, esta letra combina com este fim:

Como todo fim de relacionamento, por mais que tenhamos certeza que não existe volta, não há como não ter a sensação que está escrita neste refrão:

"Loneliness is such a sad affair, and I can hardly wait to be with you again.

What to say, to make you come again?

Come back to me again, and play your sad guitar."

Enfim, para mim, independente do que for acontecer daqui para frente com o Sonic, creio que eternamente lembraremos de Kim e Thurston com o clima da frase contida na capa do album Goo:

"I stole my sister's boyfriend. It was all whirlwind, heat, and flash. Within a week we killed my parents and hit the road."

Aqui estou disponibilizando a coletânea de covers do Carpenters - If I Were a Carpenter e o álbum bootleg The Covers - ambos contém esta versão feita pelo Sonic Youth.

Tierramystica - Brasil

Com certeza esta é umas das bandas do cenário gaúcho que realmente levo fé digo que realmente adoro. Infelizmente em Porto Alegre existe muito "corporativismo" no meio musical - muitas vezes uns músicos ruins e toscos tem mais destaque e reconhecimento do que gente que realmente merece. O Tierramystica infelizmente não está tendo aqui o destaque que realmente merece, mas acredito que isto será construído com alicerces do talento que esta banda tem. 

Estes caras iniciaram atividades em 2008 pelos integrantes Fabiano Muller, Ricardo Durán e Alexandre Tellini, lançando no mesmo ano a promo "New Eldorado". O primeiro álbum foi lançado em 2010 - "A New Horizon" - estou disponibilizando aqui apenas para ajudar a divulgar, mas recomendo fortemente que adquiram esta verdadeira pérola do Metal:

O Tierramystica mescla Power Metal com a música folclórica Andina e até mesmo o flamenco. As letras falam da cultura, mitologia e espiritualidade dos povos pré colombianos e também da dominação espanhola sobre os mesmos. A ideia é enfatizar nossa terra e cultura do povo latino, que eu digo que muitas vezes é banalizado em nosso país. 

Tive a oportunidade de vê-los ao vivo várias vezes e em ambas eles mostram a qualidade técnica e também muito energia e carisma. 

A atual formação:

Gui Antonioli - Vocal e percussão
Alexandre Tellini - Guitarra, Violão e Zamponã
Fabiano Muller - Guitarra, Violão e Quena
Rafael Martinelli - Baixo, Quena e Backing Vocals
Luciano Thumé - Teclados
Duca Gomes - Bateria
Ricardo "Chileno" Durán - Vocal, Ocarina, Charango e Violão

http://www.last.fm/music/Tierramystica

http://www.myspace.com/tierramystica

Snakeskin - Alemanha

Este é um projeto darkwave de Tilo Wolf, o criador da aclamada banda Lacrimosa. Este projeto foi iniciado em 2004, contando com dois albuns lançados até o momento: "Canta'tronic" e "Music For The Lost".  Em Snakeskin Tilo realmente deixa o metal de lado para experimentar uma sonoridade mais eletrônica e dançante - para muitos, aí sim dentro da sonoridade verdadeiramente gótica. A maioria das canções tem a participação da cantora Kerstin Doelle, com vocais líricos. Destaco aqui as minha favoritas "Bite Me" e "I Am the Dark"

http://www.last.fm/music/Snakeskin

http://www.myspace.com/snakeskinofficial

http://www.snakeskin.ch/

PARA conhecimento: 1, 2.

Emerna - Irã

Este é um mais um "one man band" que posso inserir nos meus favoritos. Este cara é Teerã, no Irã, formado em 2006. Emerna (que significa melancolia absoluta) é um codinome de "Hamid Avinar Malekzadeh Asl'', seu verdadeiro nome – que em português é algo como ''Verdadeiro Rei Nascido Fogo Louvável''. Emerna teve seis álbuns e três singles no estilo "Ambient Black Metal" – lançados de forma independente, sem nenhum apoio de selo. Antes deste projeto, ele trabalhou nos seguintes:

- Avinar, o primeiro projeto Black Metal.

- Shab, o segundo projeto Black Metal. 

- Hamid M.A., algo muito pessoal e não resumido a Black Metal.

- 1000 Funerals, projeto Symphonic Funeral Black Metal.

Atualmente ele tem trabalhado com sonoridade mais aberta (no sentido de não se limitar a apenas black metal), que ele chamou de ''Deeepest” music. Este é o site ele que mantém: http://www.deeepest.com/

Da fase Emerna, destaco as impressionantes "Esoteric Digression" e "The Beauties Of Nought". Tive um pouco de dificuldade de conseguir material, mas encontrei dois álbum para apreciação: 1, 2. Quem é assinante da last.fm e usa o player para Google Chrome, experimente ouvir este fascinante projeto de uma alma melancólica residente de um país politicamente nefasto.

http://www.last.fm/music/Emerna

http://www.facebook.com/Emerna

Marzip☭n! - Paris/Glasgow/Cyberspace/Reino Unido

Hoje eu vou falar sobre isso aqui:

Ops, quis dizer isso aqui: 

O símbolo comunista nada tem a ver com a visão política da pessoa que escreve neste blog! Brincadeiras a parte, a segunda foto se trata do Marzip☭n! - uma banda/projeto de música eletrônica que de tão estranho se encaixa nessa onda "witch house" e "drag". Comparo com a sonoridade mais minimalista de Autobahn, primeiro álbum do Kraftwerk - mas com a "equalização sonora" e frequência que a tecnologia atual permite. Um efeito bastante estranho é voz infantil sampleada em "Acid Witches".

Como é de praxe, pouco conseguimos de informações sobre as pessoas por trás disso tudo. Eu encontrei o Marzip☭n! no last.fm, e ali mesmo consegui praticamente tudo que é disponível de informações - do próprio Soundcloud que tirei estas localizações que coloquei no título. O link deles no Tumblr, entitulado "Marzip☭n's Propaganda", contém remixes e canções junto a fotos que de fato trazem certo sentimento de perplexidade por serem um tanto non-sense (por isso me permiti a fazer esta piadinha inicial com a imagem de marzipã) - ou com uma pitada de assustador, como esta: 

Preciso citar o remix bastante "inusitado" de uma música da Beyoncé - "Look To Your Path". Nunca pensei que iria conseguir gostar de algo da Beyoncé! E como é prática comum desses artistas do gênero, temos gratuitamente músicas no Bandcamp.

Last.fm: http://www.last.fm/music/Marzip%E2%98%ADn%21

Soundcloud: http://soundcloud.com/marzipn

Tumblr: http://marzipn.tumblr.com/

Bandcamp: http://marzipxn.bandcamp.com/

Black Box Recorder - Inglaterra

Esta é uma banda que não se encaixa na "bundamolice" da atual cena indie. Bom, esse neologismo que usei na verdade foi empregado pelo Regis Tadeu neste excelente texto da coluna do yahoo que você encontra aqui. Enfim, o Black Box Recorder começou em 1998, contando com John Moore, ex-baterista do Jesus and Mary Chain. Neste mesmo ano foi lançado o impactante album "England Made Me". A sonoridade inspirada no trip hop somada a letras absolutamente amargas como de "Child Psychology" - como no refrão: "Life is unfair, kill yourself or get over it". Em 2000 veio o "Facts of Life", com a belíssima canção "French Rock'n'Roll" e no ano seguinte uma coletânea de lados b, remixes e covers: "The Worst of Black Box Recorder". O ultimo álbum oficial foi lançado em 2003 - o "Passionoia" - após esse lançamento, apenas alguns singles foram lançados.  

O Morrissey recentemente disse que "A palavra 'indie' já não tem qualquer sentido. Foi tão usada que as pessoas já pensam que só quer dizer ter cabelo verde", esta banda tem o que mostrar sobre verdadeiro indie pop/rock. É uma pena que aparentemente não há previsão de lançamento de um novo álbum.

http://www.myspace.com/blackboxrecorder

http://www.last.fm/music/Black+Box+Recorder

Sobre essa declaração do Moz, leia aqui.

APENAS para conhecimento: 1, 2, 3 e 4.

Stolen Babies - EUA

Essa banda foi formada ainda quando os integrantes estavam no ensino médio - tinha um grupo de teatro chamado Fratellis. O nome da banda, “Stolen Babies” era o título de uma das esquetes feitas pelo grupo. Daí vem essa grande teatralidade e alto grau experimental do grupo. Das performances intensas e criativas, boa parte dos adereços e arte de palco são feitos pelos integrantes. Segundo os próprios, bandas que influenciaram o Stolen Babies foram “Oingo Boingo” e “Fishbone”. Uma curiosidade é que cada álbum (menos a primeira demo) tem como capa  arte desenhada por Crab Scrambly, desenhista de quadrinhos com traço bem dark/gótica e que lembra um pouco Tim Burton. O som é um avant garde metal somado ao estilo dark cabaret - o voz de Dominique Persi é muito parecida com a de Amanda Palmer, do Dresden Dolls, que é uma das mais respeitadas bandas "dark cabaret". Lançaram a primeira demo em 2002, mas o único álbum oficial lançado foi “There Be Squabbles Ahead”, lançado em 2006 através do site da banda, sendo lançado novamente no mesmo ano após assinatura com uma gravadora. Este álbum foi produzido por Dan Rathbun, da banda "Sleepytime Gorilla Museum". Depois disso, eles lançaram apenas singles, como,  Grubbery e o mais recente em 2010 - Splatter:

http://www.stolenbabiestheband.com/

http://www.last.fm/music/Stolen%2520Babies?ac=stolen

http://www.myspace.com/stolenbabies

APENAS para conhecimento: 1, 2. 

Thy Light - Brasil

Depois de algumas postagens "alegrinhas" (esse blog tem ideologia bipolar mesmo), agora eu indico um projeto depressive black metal. O Thy Light é uma banda de um homem só, do Paolo Bruno, da cidade de Limeira, SP. Segundo o próprio, o Thy Light "foi uma coisa que não era pra existir". Como ele complementa: "Eu gravei essas musicas que hoje em dia fazem parte da demo apenas pra me divertir, eu arrumei um meio de fazer musicas que me agradem ao máximo pois mesmo em nossas bandas preferidas sempre achamos algo que infelizmente não gostamos, então eu queria fazer algo apenas pra eu ouvir em casa, daí juntei tudo o que eu gosto, teclados atmosféricos, solos de guitarra, baterias na velocidade da luz, coloquei minhas idéias em forma de letras e gravei. Mas após eu ter gravado e mostrado à algumas pessoas, varias dessas pessoas me incentivaram a lançar essa demo e dar origem à um projeto solo... ai nasceu o Thy Light." A entrevista completa está neste link. As letras são sinceramente desesperadas e liricamente desalentadoras - procure as letras, pois o vocal na maioria das vezes é incompreensível. Existe uma  "lenda" de que o primeiro registro do grupo foi embalado por uma depressão profunda resultante do suicídio de um amigo de Paolo.

http://www.myspace.com/thylight
http://www.last.fm/music/Thy+Light


As duas demos que encontrei: 1, 2.

Tom Felton - Inglaterra

Mais uma publicação nerd, agora para os devotos de JK Rowling: dado que hoje estreou o último filme da saga Harry Potter, resolvi publicar aqui algumas gravações feitas pelo Tom Felton - o ator que interpretou o Draco Malfoy. Sinceramente, não achei nada surpreendente nessas músicas - baladinhas com um toque de indie inglês. E também não conseguiria falar de nada extremamente negativo sobre elas - me pareceu bastante "verde", portanto ainda é cedo afirmar qualquer coisa. Na verdade, para meus ouvidos, é mais interessante que muita bandinha indie que está estourada por aí. Espero que ele vá em frente também na carreira musical - e que se desenvolva.

http://feltbeats.com/
http://www.last.fm/music/Tom+Felton

APENAS para conhecimento: 1.

Video Games Live - EUA

Esta publicação tem um tom geek e saudosista: quem não tinha um NES/SNES (no meu caso, ainda tenho meu SNES funcionando!) e/ou jogou Zelda, Final Fantasy ou mesmo Megaman? E claro, sem citar o clássico Super Mario Bros. Bom, então está aqui a dica musical para essas pessoas: Video Games Live: o projeto de Tommy Tallarico juntamente com Jack Wall, ambos renomados compositores de trilha sonora para games. Imagine uma orquestra conduzindo aquelas trilhas sonoras originais agora em som de sinfônico? Ainda este ano teremos apresentações por aqui. Por enquanto, para se ter uma ideia do projeto:

https://www.videogameslive.com

http://www.last.fm/music/Video+Games+Live

APENAS para conhecimento: 1, 2.

Angizia - Austria

Esta banda pode ser categorizada como "Circus Metal" - de fato, o som lembra aquele clima circense e de certa forma vitoriano - como as operetas do século 19, mas também com toque de metal e clima gótico. Considero uma das bandas mais criativas e inteligentes por utilizar sonoridade além do básico e batido do mundo do metal convencional ou mesmo no mundo gótico. 

Como em peças de teatro, para exemplificar, a banda fez o álbum "39 Jahre für den Leierkastenmann" - uma peça em três atos. Narra os infortúnios de 4 músicos russos e judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Após um longo período (desde 2004 não lançavam novos trabalhos) , no inicio deste ano, foi lançado "Kokon. Ein schaurig-schönes Schachtelstück" - continuando com a sonoridade que não é para gostos comuns - continuando a estranheza, a experimentação teatral e melancolia.

http://www.last.fm/music/Angizia

http://www.angizia.com

http://www.myspace.com/angiziasongs

APENAS para conhecimento: 1, 2, 3, 4, 5, 6.

Suicide - EUA

Suicide é uma banda protopunk nova iorquina composta por Alan Vega, o vocalista, e Martin Rev, no sintetizador e bateria convencional. Foi iniciada em 1970 apenas com apresentações em bares, sendo que o primeiro álbum, o  "First Album", foi lançado sete anos depois. A inspiração para este nome veio de uma hq apreciada por Vega, o Motoqueiro Fantasma (Ghots Rider), onde uma história se chamada "Satan Suicide".  As apresentações sempre ferozes e controversas são características da dupla. Estão na ativa, mas o último álbum de estúdio foi gravado em 2002.

Artistas como Cabaret Voltaire, Soft Cell e The Cars se dizem influenciados pelo trabalho do Suicide. Um dos mais ilustres fãs desta banda foi Ian Curtis - segundo Peter Hook em uma entrevista concedida a MTV (o que gerou trocadilho não intencional... está na terceira parte de programa Big Audio): Entrevista

Sobre a musicalidade, o Suicide flutua em sons pulsantes sintetizados, mas se caracterizando mais na faixa minimalista eletrônica, com evidente experimentalismo. Os vocais nervosos ou mesmo murmúrios de Vega constroem algo que nenhuma outra banda conseguiu copiar. Ressalto também que o Suicide foi a primeira banda a usar o termo punk para se descrever; adotaram isso a partir de um artigo de Lester Bangs. 

Destaco aqui a crônica soturna que é “Frankie Teardrop”, do álbum Suicide de 1977. Aqui é possível sentir as texturas vocais de Vega – do sussurro ao grito desesperado.

http://www.last.fm/music/Suicide

APENAS para conhecimento: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Moda de Rock – Viola Extrema – Brasil

Mais uma descoberta a partir da programação do Santander Cultural. E desta vez é daqui mesmo do Brasil. Destaco aqui este interessante trabalho dos violeiros Ricardo Vignini e Zé Helder. Em "Viola Extrema, estes músicos trazem versões de clássicos do rock e do metal com a viola caipira. Apenas para ser um tanto detalhista, a viola caipira teve origem "nas violas portuguesas, oriundas de instrumentos árabes como o alaúde. As violas são descendentes diretas da guitarra latina, que, por sua vez, tem uma origem arábico-persa. As violas portuguesas chegaram ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país e passou a ser usada pelos jesuítas na catequese de indígenas. Mais tarde, os primeiros caboclos começaram a construir violas com madeiras toscas da terra. Era o início da viola caipira.". Ricardo Vignini e Zé Helder possuem trabalhos voltados aos sons de raiz - a verdadeira música caipira - seja como professores de viola, ou com projetos individuais também. Também se dizem veneradores de Tião Carreiro. Ricardo e Zé fazem parte também do Matuto Moderno, tem a proposta de som caipira raiz com uma pegada do rock. (biografia). 

  

É possível encontrar algumas destas musicas nesta página da last.fm, mas sinceramente aconselho a adquirir este CD. Não digo isso apenas por ser realmente um trabalho muito interessante e de qualidade, mas também talentos brasileiros como este devem ser apoiados.

Site: http://www.modaderock.com.br/

Myspace: http://www.myspace.com/556817126

Last.fm: http://www.last.fm/music/Moda+de+Rock  

Dos trabalhos solo de Ricardo Vignini e Zé Helder:

http://www.ricardovignini.com.br/

http://www.myspace.com/zehelder

Hanin Elias – Alemanha

A Hanin Elias, que nesta foto lembra uma versão macabra da atriz dos anos 20 Louise Brooks, foi integrante de uma das bandas mais inovadoras da década de 1990: Atari Teenage Riot com seu technocore – o hardcore digital. 

Este estilo criado juntamente com Alec Empire deixou o hardcore realmente violento e barulhento, exatamente como o sentimento de revolta e a postura anarquista que o punk rock, por exemplo, nunca mais apresentou. O ATR tem a postura política contrária ao universo da musica eletrônica alemã, que apresentava tendências perigosamente nazistas na década referida. Para ter uma idéia da pancada de sonoridade e da voz revoltosa de Hanin:

Atualmente, a Hanin Elias continua em carreira solo, mesmo ATR tendo voltado a ativa neste ano. O grupo optou pela pausa, que iniciou em 2001 devido à morte por overdose do Carl Crack, o MC do grupo.

Voltando a Hanin: como citado na Wikipédia sobre sua nacionalidade: “Filha de um médico sírio e uma dona de casa alemã, ela viveu na Síria até os 5 anos de idade e depois voltou para a Alemanha.”. Por isso ela tem feições mais marcantes e exóticas que os ordinários arquétipos germânicos.  Hanin tem uma postura feminista e ativa politicamente, sendo considerada uma riot girl. Sobre seu trabalho solo, ela desde 1992 lançou 6 álbuns oficiais, tendo o álbum “In Flames”  duas edições em remix.

O interessante deste trabalho solo de Hanin é ter outros tons de vocal que não seria comum no ATR. Por exemplo, na música “City Lights”, um sussuro sensual ou, como na faixa título “Future Noir”, onde não há gritos, apenas um vocal lindo, mas não menos precioso.

Em março deste ano, Hanin lançou o álbum “Get it Back”. É possível ter uma prévia deste álbum neste link:

http://haninelias.com/2011/04/get-it-back-previews/

Os outros trabalhos, APENAS para conhecimento: 1, 2, 3, 4.

Página oficial: http://haninelias.com

Myspace: http://www.myspace.com/haninelias

Last.fm: http://www.lastfm.com.br/music/Hanin+Elias

Alpha Motherfuckers - A Tribute to Turbonegro - Noruega

De fato considero como muito interessante compilações de regravações de bandas consagradas, pois assim conseguimos ver o nível de ecletismo de outros artistas, ou mesmo ouvir algo mais inusitado. Desta vez eu indico aqui “Alpha Motherfuckers - A Tribute to Turbonegro”. Bom, o Turbonegro (original Turboneger) é considerada uma das mais conceituadas bandas de death punk. Estes caras vêm mostrando desde 1989 que a cena musical criativa da Noruega não se limita ao Black metal. Possuindo 8 álbuns oficiais, (o último de 2007) conseguiram ser referência do seu gênero (para conhecer mais sobre a discografia, aqui).Desta coletânea de covers, eu destaco as faixas:

"I Got Erection" – Satyricon - achei melhor que a versão original, pois é mais visceral. Aliás, o Behemoth também fez cover desta, mas não foi incluída na coletânea.

"(I Fucked) Betty Page" – Samesugas - em dialeto da Galícia!

"Suburban Anti-Christ" - Ratos De Porão - para mim uma das melhores versões contidas nesta coletânea.

A faixa que considero desnecessária, a versão de “Rendezvous With Anus” pelo H.I.M – nada contra eles, mas sinceramente essa versão não tem a mesma pegada da original – decepcionante.

APENAS para conhecimento, aqui.

~▲†▲~ - Rússia

Não é erro de digitação... De fato, este é o nome desta banda. Esses russos (de fato careço de mais informações...) se incluem na tendência sinistra e estranha que recentemente a música eletrônica tem apresentado. É o Witch House, um movimento da década em que estamos, consistindo na fusão/influência de gêneros como hip-hop, dubstep, electro, gótico, shoegaze, dark ambient, ethereal, entre outros. 

Eu fiquei sabendo da existência dessa tendência interessante no programa Goo MTV (aliás, eu recomendo!). Pesquisando mais sobre esse movimento, encontrei na página do last.fm o ~▲†▲~.  Obviamente, um nome como esse não gera resultados pelo google... Por isso, não tenho mais elementos para desenvolver sobre essa banda. 

O interessante é que muitos destes grupos disponibilizam seus trabalhos gratuitamente. Do ~▲†▲~, encontrei essa página do Bandcamp onde é possível baixar os álbuns (por sinal, a arte desta página é muito sinistra também): http://xwxwxwxwv.bandcamp.com/

Do álbum ~▲††▲~ , destaco a frieza sonora digna de um Kraftwerk da faixa "Social Phobia".

Last.fm:http://www.last.fm/music/~%E2%96%B2%E2%80%A0%E2%96%B2~

Fire! - Suécia

Considero umas das melhores descobertas que fiz a partir dos shows do Santander Cultural de Porto Alegre. Antes desse show, apenas tive a informação que continha na página do last.fm (não consegui encontrar página no myspace) e do próprio Santander Cultural. Esse trio sueco faria um "jazz hipnótico e psicodélico”, mas variando de estilos, "que vão do garage rock ao free jazz". De fato, o som mescla nuances hipnóticos, mas que transmite certa estranheza e angústia.

O Fire! (sim, tem que considerar a exclamação) é dos trabalhos do saxofonista Mats Gustafsson, também do The Thing. O primeiro álbum é “You liked me five minutes ago”, de 2009. Neste ano, foi lançado "Unreleased?" que conta com a participação de Jim O´Rourke (do Gastr del Sol e Sonic Youth).

APENAS Para conhecimento: Aqui e aqui


Página do last.fm:  http://www.last.fm/music/Fire%21

Agonised by Love - Polônia

Me declaro viciada nestes poloneses! Contextualizando: a banda estava aparecendo há tempos na página de recomendações do meu perfil no site last.fm, pois o logoritmo associava com o Dairy of Dreams (sim, em breve falo sobre eles!). E eu pensava: interessante, o nome da banda é retirada de uma música da banda gótica holandesa chamada Clan of Xymox. Então resolvi saber mais... 

Agonised by Love teve início em 1997, mas até 2001 estavam se desenvolvendo musicalmente, mas sem gravações oficiais. Em 2002 lançam a demo “Blindness”. Logo nas rádios online da região descobrem essa interessante banda darkwave - versada no synthpop/electro gothic. Segue em 2004 "All of White Horizons" e em 2008 "Lovesick Society". No myspace da banda, eles se consideram seu trabalho "post new romantic"

Com base na minha dependência auditiva, destaco aqui a obssessiva "Control You" e "The Hottest Summer in The History", onde Rafal Tomaszczuk tem uma interpretação intoxicante e angustiada - ambas do álbum "Lovesick Society". De "All of White Horizons", as dançantes "My sweet november" e "Cover my World".

No myspace: http://www.myspace.com/agonisedbylove
No last.fm: http://www.last.fm/music/Agonised+by+Love
Site oficial (infelizmente sem nenhuma novidade): http://www.agonisedbylove.art.pl/


APENAS Para conhecimento: Aqui e aqui.